Comida: Falta no prato e pesa no bolso

Nos 6 primeiros meses de 2024 os preços médios da cesta básica teve aumento de 10,62% na cidade de Fortaleza, sendo a maior elevação comparada com outras capitais. O café aumento de aproximadamente 25% de junho 2023 a junho de 2024 em Fortaleza. A falta de café no mercado, que acarreta a aumenta no preço, se deu pelo aumento na importação valorizada pela baixa produção de países como a Indonésia e o Vietnã. Tanto estes países quando o Brasil sofrem com as mudanças climáticas que potencializam o natural El Niño em 2024.

Contudo, o que piora a situação para o povo brasileiro é que os Estoques Públicos de Alimentos, que servem para regular o preço dos produtos durante essas oscilações, estão em sua grande maioria zerados. Isto mesmo sob o Governo Lula que denunciava o antigo governo por não repor os estoques de alimento, hoje a situação permanece a mesma de acordo com os relatórios da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ainda que com pequenas reposições, como no caso do milho, nada se compara ao que o Brasil já teve antes de 2016. Esta situação fragiliza principalmente os trabalhadores com menor renda, que sentem fortemente as variações de preço.

Combater esse problema envolve 3 ações principais:

1. Exigir o reabastecimento dos estoques públicos de alimento. O governo federal não pode ficar brincando com a fome do povo enquanto garante privilégios para os poderosos.

2. Fortalecer a circulação da produção camponesa para os grandes centros urbanos. As comunidades camponesas tem uma produção para oferecer para as cidades, muitas vezes mais alinhada com a cultura local. É preciso criar caminhos por fora das grandes redes de supermercado para conseguir ligar estes pontos.

3. Retomar a terra. Mais de 500 anos que as terras são roubadas e concentradas nas mãos de poucos poderosos. O que temos em troca? A carestia e crise climática! Por isso é importante retomar a terra e construir uma outra relação que não seja de exploração e sim comunhão.

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