Nos dias 23 a 25 de agosto de 2022 a Terra Liberta participou de um acampamento em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua com o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Ceará (SindJustiça) e outros movimentos sociais e sindicais.
O acampamento foi deliberado na assembleia geral dos servidores no dia 23. A pauta principal é a reforma do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR) que a presidenta do TJCE havia prometido para 2022, porém interrompeu o andamento do processo. Contudo, as regalias e privilégios para o alto escalão da magistratura (juízes e desembargadores) só aumentam.
Junto à pauta dos servidores, foi exigido pelo conjunto dos movimentos e organizações do campo popular a criação de uma Vara Especializada em questões agrárias e/ou um Centro Judiciário de Solução de Conflitos (CEJUSC), ligado especificamente aos conflitos fundiários, conforme Resolução 125/2010 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Esta medida, ainda que não tenha capacidade de resolver, ajudaria a diminuir a ocorrência de despejos violentos, ilegais, na luta pela terra.
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No segundo dia uma comissão de negociação foi atendida, porém a presidenta do TJCE negou a pauta da categoria e dos movimentos. Ainda assim, o acampamento continuou para o seu terceiro dia, onde houve um grande encontro com outros sindicatos, povos indígenas, movimentos e organizações da luta pela terra e moradia. Finalizou-se com uma distribuição de cestas básicas e um grande toré feito pelo povo Pitaguary na porta do fórum. A conquista pode não ter vindo agora, mas não fomos derrotados. Haveremos de retornar para a rua reivindicando os direitos do povo. Seja servidor, camponês, indígena, agricultor, devemos nos unir contra o poder opressor. Avante!